quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

COMUNIDADE

Cansada com os escambos cotidianos para manter sua sobrevivência, Ritinha deixou seu subterrâneo doméstico e partiu para o mundo. Junto a sua tribo urbana e sua banda cover de punk rock foi viver em uma comunidade onde espera estar livre de assédios, bulling, trolagens e outras sacanagens sociais.


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

FORQUILHA

Desde que se tornou punk a forquilha de seu bodoque passou a ser um ponto de vista importante. Esse antigo instrumento de defesa contra assédios de qualquer natureza preenche um dos bolsos de Ritinha.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

PRATA

Ritinha era considerada a prata da casa, menina de futuro. Então, se cansou do consumismo da mãe e de seus talheres de prata. Refugiou-se em seu castelo, o porão. Hoje, ela bem gostaria que seus anéis e badulaques fossem de prata. Tem alergia aos latões e alumínios. Mas não cede nadinha.


domingo, 28 de janeiro de 2018

CAVALHEIRO

Morte aos cavalheiros da Távola Redonda! Ritinha o disse para as mulheres da família, que falavam sem parar dos homens. Puro simbolismo. Mas ela sabia que a história do cavalheirismo se confundia com as diversas formas de violência contra mulheres punks, negras, mulatas, indígenas, principalmente.

https://www.facebook.com/paulocezar.ventura/posts/2018620204821569

sábado, 27 de janeiro de 2018

CABANA

Uma cabana de madeira na beira de um rio, que sonho besta ela tinha quando menor! Hoje Ritinha se contenta com sua caverna no subterrâneo de casa que ela decora a seu jeito, ao som das feras do rock punk. Uma cabana por uma caverna só sua. Troca justa!


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

ABELHA

De repente bateu uma desesperança, quase depressão. Os últimos acontecimentos, por mais externos que fossem, mexiam com ela. Como punk, pobre e desprovida de encantamentos (auto estima em baixa, braba), sentia-se como se picada por abelha, alérgica que era.



quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

GARÇOM

- Garçom, uma Cuba Libre por favor! – Não vendo bebidas alcoólicas para menores e muito menos para punks. Vá encontrar sua turma.
- Depois da desesperança vermelha, só me faltava essa. Punk, pobre, menor e sem esperança no Brasil. Vou ali quebrar a porra de uma vidraça e volto.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

TURISMO

Quem não gosta de fazer turismo? O sonho de Ritinha é visitar o Museu Punk de Reykjávik, Islândia, que se situa no subterrâneo de antigo banheiro público feminino. Por enquanto, acumula experiências musicais com a Banda Garage, de Betim.


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

APOSTA

Claro que a personalidade de jovens como Ritinha ainda carrega ambiguidades difíceis de se compreender à primeira vista. A aposta do dia na família é quanto tempo durará sua versão punk? Todos garantem que terminará quando ela perceber que a conta de seu celular não foi paga.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

domingo, 21 de janeiro de 2018

FILÓSOFO

“Eu sei que nada sei, mas desconfio de muita coisa”. Segundo Ritinha, é o que diria um filósofo socrático-roseano. Era sua resposta a quem afirmava que ela fazia perguntas demais e tinha soluções de menos. Filósofos punk não bebem cicuta, emendava, então, que me tolerem.
https://www.facebook.com/paulocezar.ventura/posts/2010698298947093

sábado, 20 de janeiro de 2018

MACARRÃO II

Apesar de sua birra pelas regras estabelecidas em casa, o prato de domingo (sempre macarrão) era o favorito de Ritinha. Sai de seu subterrâneo, postou-se à mesa junto com manos, primos e outros bichos. Mas quando viu que era macarrão ao alho e óleo, não resistiu: - vocês irão comer essas lombrigas?


SER FELIZ DEPOIS DOS SETENTA

  A pergunta que todos fazem, inclusive eu, é: “é possível ser feliz quando a idade já se representa por um número tão grande? Como? É bem p...