terça-feira, 22 de julho de 2014

RELATOS DE VIAGEM À PATAGÔNIA - DIA 07



15 de março de 2014

Às sete horas da manhã, em Punta Arenas, Chile, partimos em uma van que nos levou a um porto mais ao norte da cidade. Lá, tomamos um catamarã bem rápido conduzido por dois jovens guias (mais ou menos trinta anos), bem simpáticos e bem entendidos do assunto: Paulo, o condutor do barco, e Antônio, o guia de fato, conhece tudo sobre pinguins, animais marinhos e pássaros da região. Ele fala inglês, arranha no francês e fala português mais ou menos, o que só descobri quando ele percebeu que somos brasileiros. A viagem de catamarã dura meia hora até chegarmos à Ilha de Magdalena, o paraíso de verão dos pinguins de Magalhães, referência ao Estreito de Magalhães. Foi então que tive conhecimento das espécies de pinguins: papuas, de Magalhães, rei, imperial e outros. No caminho de ida e volta fizemos várias paradas para ver e fotografar albatrozes na água e em voo, leões-marinhos em família, camarás, gaivotas e muitos outros animais. Vimos também um bando de golfinhos em caça. Em geral os golfinhos acompanham o barco por certo tempo, então tivemos várias visões dos mesmos saindo e entrando na água, para respirar. Essa saída é tão rápida que não conseguimos fotografá-los nesse momento.

Na Ilha de Magdalena permanecem dois guardas constantemente. Eles ficam dez dias seguidos na ilha e depois folgam cinco dias, mas dois deles ficam ao mesmo tempo por cinco dias, na ilha. Então, pela lógica, deve existir três guardas se revezando no trabalho de vigilância da ilha e dos animais.

A quantidade de pinguins, de casais de pinguins, na ilha, é impressionante. No momento de nossa visita seus filhotes já tinham uns três meses e preparavam-se todos para migrar ao diminuir mais a temperatura. Nesse fim de verão as temperaturas estavam em torno de cinco a dez graus Celsius. As temperaturas diminuindo no outono e inverno, esses pinguins migram para a costa da Argentina e do sul do Brasil, de águas mais quentes.

O passeio na ilha durou uma hora, tempo suficiente para milhares de fotos. Havia na ilha uma turma grande de turistas, provenientes de um barco de cruzeiro. Demos sorte porque já saiam. Ficamos em um grupo de oito pessoas, apenas, na ilha, mais os dois guias e os dois guardas. Ao final desse tempo, antes de retornarmos ao barco, os guias nos ofereceram café e biscoitos. Muito gentis. De volta a Punta Arenas troquei oitocentos reais por cento e oitenta e quatro mil pesos chilenos. Não sei se a troca foi justa, era o que ofereciam na ocasião. Em seguida, fomos à locadora de veículos, Hertz, pegamos o carro que havíamos alugado (uma Nissan 4x4 bem potente e com bastante espaço no porta-malas), fomos em seguida ao Hotel Plaza, onde passamos a noite, pegamos nossas malas lá guardadas desde a manhã, compramos quatro empanadas (nosso almoço), três mil e duzentos pesos chilenos as quatro, e fomos comê-las à beira-mar.


Iniciamos a viagem para Puerto Natales depois de uma parada em um supermercado para compra de provisões de viagem, principalmente reservas alimentícias. Então, estrada. A viagem durou umas três horas, chegamos, abastecemos e fizemos o check in em um hotel muito acolhedor e interessante, com atendentes bilíngues simpáticas e fomos conhecer a cidade e comer. No dia seguinte, teríamos mais um bom trecho para viajar. Despesas do dia: cinquenta mil pesos chilenos.











segunda-feira, 7 de julho de 2014

LONDRES-PARIS: O PRIMEIRO DIA DE PEDAL


08/09/2013

O primeiro dia é o dia da verdade. Para começar, café da manhã completo: uma tigela de cereais com legumes, suco de laranja, ovos mexidos, um bolinho frito de legumes, um pedaço de camembert, um pequeno pedaço de Rochefort, café. Ainda peguei uma banana e uma maçã para o lanche durante a pedalada. E começamos o dia, o primeiro dia de pedalada entre Londres e Paris. Roupas arranjadas, bicicleta no ponto, fotos de despedida, beijos e abraços na mulher. Colegas prontos também, e pernas para que vos quero?..

A partida em um domingo facilitou o início de viagem, o pouco trânsito nos ajudou bem. A travessia de Chelsea Bridge nos agraciou com um último olhar ao Tâmisa (os últimos olhares sempre fazem parte de toda narrativa de viagem). Sol claro, tudo parecia muito bem. O guia de viagem que carregávamos conosco, cuja versão online é visto em http://www.avenuevertelondonparis.com/ mostra o mapa do trajeto, faz referências a lugares, hotéis e restaurantes nas cidades por onde passamos. E os caminhos tem plaquinhas de indicação da ROTA 20 (o nome do trajeto Londres-Paris) que nos conduzia quase sem erro. No entanto, foi necessária muita atenção porque o trajeto alterna ruas e avenidas movimentadas, embora com ciclovias, e caminhos estreitos em parques e avenidas, veredas e áreas urbanas dos subúrbios londrinos. Às vezes a indicação vem no último momento e quase nos perdemos. Aliás, nos perdemos. Em Couldson deparamos com uma rotatória complicada, todas as saídas tinham indicações para bicicleta, nenhuma delas indicava a Rota 20. Subimos um morro enorme e de grande aclive, somente no alto percebemos que tínhamos errado e voltamos à rotatória, uns cinco quilômetros perdidos. Nesse ponto haviam falhas no mapa e nas indicações locais. O lado positivo da subida ao morro foi colocar à prova nosso preparo físico e mental. Passamos todos no teste.

Nessa encruzilhada chegamos a uma encruzilhada técnica também. Começou a chover forte. Bem forte. Mas estávamos ao lado da Couldson Station, pegar o trem foi a melhor solução do momento. Sabem o que é chuva a dez graus de temperatura? Ela escorre pelo pescoço, esfria sua vestimenta, molha seus pés e gela seu corpo. Antes de alguém adoecer pegamos o trem para Redhill, o último vagão do mesmo acolhe bicicletas sem pagamento extra (2,50 Libras o bilhete). Em Redhill rapidamente encontramos um hotel familiar e pequenino (indicação do guia e localização via GPS do celular), alugamos um quarto com três camas. A proprietária se chama Rose, uma senhora de uns setenta anos, simpática e acolhedora. Guardamos a bicicleta nos fundos da casa, subimos ao quarto, banho, secagem de roupas com o secador de cabelos, recarga de celulares e dispositivos midiáticos, pente nos poucos cabelos de nossas cabeças e procura de um restaurante. O hotel é o Brompton Guest House, em 6, Crossland Road, Redhill RH1 4AN, Inglaterra, 30 Libras por pessoa, café da manhã incluído (http://www.bromptonguesthouse.com).

Saímos para jantar e encontramos um bom restaurante em um outro hotel na esquina da mesma rua (The Home Cottage, Pub & Dining). Meu jantar foi: peixe hourgot com batatas e agrião, salada de legumes e um vinho muito bom, o Domaine Condamine L’Évèque (21 Libras). O jantar ficou em 65,50 Libras, deixamos 70 libras, a diferença foi pelo sorriso e atenção da jovem garçonete. Saciados, voltamos ao hotel para uma noite bem dormida.












SER FELIZ DEPOIS DOS SETENTA

  A pergunta que todos fazem, inclusive eu, é: “é possível ser feliz quando a idade já se representa por um número tão grande? Como? É bem p...