15 de março de 2014
Às sete horas da manhã, em Punta Arenas, Chile, partimos em
uma van que nos levou a um porto mais ao norte da cidade. Lá, tomamos um catamarã
bem rápido conduzido por dois jovens guias (mais ou menos trinta anos), bem
simpáticos e bem entendidos do assunto: Paulo, o condutor do barco, e Antônio,
o guia de fato, conhece tudo sobre pinguins, animais marinhos e pássaros da
região. Ele fala inglês, arranha no francês e fala português mais ou menos, o
que só descobri quando ele percebeu que somos brasileiros. A viagem de catamarã
dura meia hora até chegarmos à Ilha de Magdalena, o paraíso de verão dos pinguins
de Magalhães, referência ao Estreito de Magalhães. Foi então que tive
conhecimento das espécies de pinguins: papuas, de Magalhães, rei, imperial e
outros. No caminho de ida e volta fizemos várias paradas para ver e fotografar
albatrozes na água e em voo, leões-marinhos em família, camarás, gaivotas e
muitos outros animais. Vimos também um bando de golfinhos em caça. Em geral os
golfinhos acompanham o barco por certo tempo, então tivemos várias visões dos
mesmos saindo e entrando na água, para respirar. Essa saída é tão rápida que
não conseguimos fotografá-los nesse momento.
Na Ilha de Magdalena permanecem dois guardas constantemente.
Eles ficam dez dias seguidos na ilha e depois folgam cinco dias, mas dois deles
ficam ao mesmo tempo por cinco dias, na ilha. Então, pela lógica, deve existir
três guardas se revezando no trabalho de vigilância da ilha e dos animais.
A quantidade de pinguins, de casais de pinguins, na ilha, é
impressionante. No momento de nossa visita seus filhotes já tinham uns três
meses e preparavam-se todos para migrar ao diminuir mais a temperatura. Nesse fim
de verão as temperaturas estavam em torno de cinco a dez graus Celsius. As temperaturas
diminuindo no outono e inverno, esses pinguins migram para a costa da Argentina
e do sul do Brasil, de águas mais quentes.
O passeio na ilha durou uma hora, tempo suficiente para
milhares de fotos. Havia na ilha uma turma grande de turistas, provenientes de
um barco de cruzeiro. Demos sorte porque já saiam. Ficamos em um grupo de oito
pessoas, apenas, na ilha, mais os dois guias e os dois guardas. Ao final desse
tempo, antes de retornarmos ao barco, os guias nos ofereceram café e biscoitos.
Muito gentis. De volta a Punta Arenas troquei oitocentos reais por cento e
oitenta e quatro mil pesos chilenos. Não sei se a troca foi justa, era o que
ofereciam na ocasião. Em seguida, fomos à locadora de veículos, Hertz, pegamos
o carro que havíamos alugado (uma Nissan 4x4 bem potente e com bastante espaço
no porta-malas), fomos em seguida ao Hotel Plaza, onde passamos a noite,
pegamos nossas malas lá guardadas desde a manhã, compramos quatro empanadas (nosso
almoço), três mil e duzentos pesos chilenos as quatro, e fomos comê-las à
beira-mar.
Iniciamos a viagem para Puerto Natales depois de uma parada
em um supermercado para compra de provisões de viagem, principalmente reservas
alimentícias. Então, estrada. A viagem durou umas três horas, chegamos, abastecemos
e fizemos o check in em um hotel muito acolhedor e interessante, com atendentes
bilíngues simpáticas e fomos conhecer a cidade e comer. No dia seguinte,
teríamos mais um bom trecho para viajar. Despesas do dia: cinquenta mil pesos
chilenos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário