segunda-feira, 7 de julho de 2014

LONDRES-PARIS: O PRIMEIRO DIA DE PEDAL


08/09/2013

O primeiro dia é o dia da verdade. Para começar, café da manhã completo: uma tigela de cereais com legumes, suco de laranja, ovos mexidos, um bolinho frito de legumes, um pedaço de camembert, um pequeno pedaço de Rochefort, café. Ainda peguei uma banana e uma maçã para o lanche durante a pedalada. E começamos o dia, o primeiro dia de pedalada entre Londres e Paris. Roupas arranjadas, bicicleta no ponto, fotos de despedida, beijos e abraços na mulher. Colegas prontos também, e pernas para que vos quero?..

A partida em um domingo facilitou o início de viagem, o pouco trânsito nos ajudou bem. A travessia de Chelsea Bridge nos agraciou com um último olhar ao Tâmisa (os últimos olhares sempre fazem parte de toda narrativa de viagem). Sol claro, tudo parecia muito bem. O guia de viagem que carregávamos conosco, cuja versão online é visto em http://www.avenuevertelondonparis.com/ mostra o mapa do trajeto, faz referências a lugares, hotéis e restaurantes nas cidades por onde passamos. E os caminhos tem plaquinhas de indicação da ROTA 20 (o nome do trajeto Londres-Paris) que nos conduzia quase sem erro. No entanto, foi necessária muita atenção porque o trajeto alterna ruas e avenidas movimentadas, embora com ciclovias, e caminhos estreitos em parques e avenidas, veredas e áreas urbanas dos subúrbios londrinos. Às vezes a indicação vem no último momento e quase nos perdemos. Aliás, nos perdemos. Em Couldson deparamos com uma rotatória complicada, todas as saídas tinham indicações para bicicleta, nenhuma delas indicava a Rota 20. Subimos um morro enorme e de grande aclive, somente no alto percebemos que tínhamos errado e voltamos à rotatória, uns cinco quilômetros perdidos. Nesse ponto haviam falhas no mapa e nas indicações locais. O lado positivo da subida ao morro foi colocar à prova nosso preparo físico e mental. Passamos todos no teste.

Nessa encruzilhada chegamos a uma encruzilhada técnica também. Começou a chover forte. Bem forte. Mas estávamos ao lado da Couldson Station, pegar o trem foi a melhor solução do momento. Sabem o que é chuva a dez graus de temperatura? Ela escorre pelo pescoço, esfria sua vestimenta, molha seus pés e gela seu corpo. Antes de alguém adoecer pegamos o trem para Redhill, o último vagão do mesmo acolhe bicicletas sem pagamento extra (2,50 Libras o bilhete). Em Redhill rapidamente encontramos um hotel familiar e pequenino (indicação do guia e localização via GPS do celular), alugamos um quarto com três camas. A proprietária se chama Rose, uma senhora de uns setenta anos, simpática e acolhedora. Guardamos a bicicleta nos fundos da casa, subimos ao quarto, banho, secagem de roupas com o secador de cabelos, recarga de celulares e dispositivos midiáticos, pente nos poucos cabelos de nossas cabeças e procura de um restaurante. O hotel é o Brompton Guest House, em 6, Crossland Road, Redhill RH1 4AN, Inglaterra, 30 Libras por pessoa, café da manhã incluído (http://www.bromptonguesthouse.com).

Saímos para jantar e encontramos um bom restaurante em um outro hotel na esquina da mesma rua (The Home Cottage, Pub & Dining). Meu jantar foi: peixe hourgot com batatas e agrião, salada de legumes e um vinho muito bom, o Domaine Condamine L’Évèque (21 Libras). O jantar ficou em 65,50 Libras, deixamos 70 libras, a diferença foi pelo sorriso e atenção da jovem garçonete. Saciados, voltamos ao hotel para uma noite bem dormida.












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