Pensar rico ou pensar pobre
não é uma questão de dinheiro, é uma questão de estilo de vida. E que faz toda
a diferença. Vejamos alguns exemplos antes de maiores considerações ao tema.
Quanto pagaríamos por um prato de arroz com ovo no Brasil e na França? Na
França não é caro para os padrões locais, mas o prato pode se chamar “oeuf ponché
à la provençale” e pode ser chique ou não dependendo do acompanhamento. No
Brasil pagamos caro se formos comer em um restaurante francês, muito mais caro
que na França. Mas isso não é pensar rico exatamente. Pode ser exibicionismo
puro ou pode ser pensar rico se for dar um presente a si próprio e comer com um
grande prazer, sem nenhum exibicionismo. E pode-se comer arroz com ovo, pagando
barato em um restaurante simples, ou em casa, mas com grande estilo. Ter estilo
significa sentar-se à mesa em boa companhia, com os melhores talheres, comer
com prazer, devagar, saboreando e sentir-se em Paris comendo “oeuf ponché à la
provençale”.
Outro exemplo, esse recente.
Em férias em cidade goiana fomos, eu e ela, fazer compras em um supermercado
para o almoço desses dias. Pensávamos em algo simples, para rápida elaboração,
porque nem sempre gostamos de ir a restaurantes e também porque corremos o
risco de, em cidade onde somos forasteiros, pagarmos caros por comida ruim. E o
que comprar? As opções nos supermercados
são, geralmente, poucas. Mas aí surge o inusitado. Como imaginar que em um
supermercado de cidade de interior iríamos encontrar um pernil de cordeiro? Aí
entra a tal questão de estilo, de pensar rico em vez de pensar pobre. É claro
que compramos, temperamos, assamos e tivemos umas três refeições regadas a
pernil de cordeiro que, aliás, estava divino. Tenro, bem temperado, assado ao
ponto. Maravilhoso. O preço? O que pagamos pela peça no supermercado não chega
nem perto de qualquer refeição (uma refeição) que faríamos em qualquer
restaurante da cidade turística, para duas pessoas. O tempo? Levar para casa,
temperar, ligar o forno e assar por três horas. Enquanto isso fazíamos outras
coisas.
Pensar rico, e saber
administrar as ações seguidas a esse pensar, só trás lucros. Pensar rico é
pensar em si, é pensar e agir em prol de seu lazer e prazer, sem prejudicar
outros. Aliás, é convidá-los para participar da festa. Pensar rico é não se
preocupar com o que outras pessoas estão pensando a nosso respeito, é não ser
exibicionista, é não ter inveja (inveja é coisa de quem pensa pobre, não
necessariamente de quem é pobre).
Pensar rico é dar-se um
presente desejado e interessante, dentro de seu orçamento, claro, e imaginar-se
como sendo a pessoa mais rica do mundo fazendo aquilo. Pensar rico é fazer o
que gosta, é cultuar a si próprio, com estilo. É autovalorizar-se. É também
pensar que, sendo grande, pode contribuir para o crescimento dos outros. Pensar
rico é crescer para contribuir. É uma missão de vida. Pense rico.
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