Iniciei 2016 com o braço quebrado, janeiro todo gessado, perdi a forma física. Na ânsia de recuperá-la, tive uma taquicardia supra ventricular. Foram três meses de exames para averiguações do que eu já sabia mas a cardiologista não acreditava: eu não tinha nem tenho nada cardíaco, foi episódico. Ai veio o paralisante impedimento da presidenta da república, desconsiderando minha indignação, mais um tempo de paralisação, sem ação desmedida que me obrigasse a fazer algo: parei com o país. E minha vida privada quase desce pela mesma, que merda. E ainda, minha companheira de vida retira o útero, símbolo do renascimento já que nascimento é seu nome, mais dois meses de ocupação do tempo com cuidados humanos, essa sim, uma ação bem útil, finalmente. Para completar veio um implante de dente, cirurgia na boca, o Galo despencou pelas tabelas e a Chapecoense despencou do ar, faltou-lhe ar no céu de Medellin, porra, puta que pariu, hijo de una puta de aeroplano. E o ano não acabou, dezembro está aí na porta, esperando para novas más notícias? Arranquemos dezembro do calendário, apaguem a luz que eu quero dormir e só acordar ano que vem.
Mas em janeiro tenho nova cirurgia para retirada de um lipoma nas costas que só dói quando eu respiro, felizmente, isso porque tal tumorzinho do caralho se encontra colado em meu pulmão. Filho da puta, em português agora. 2017 repetirá o ano que termina?
Fora Temer, que eu não suporto mais sua cara amarrotada de golpista cínico, gozando com a nossa cara de brasileiros idiotas.