sexta-feira, 8 de abril de 2016

PASSEIO ALEATÓRIO


Fazia uma caminhada aleatória pelas ruas de Fortaleza e descubro o Centro Dragões do Mar de Arte e Cultura, no centro da cidade, próximo à famosa praia de Iracema. Um oásis no caos da cidade, como são os centros de todas as grandes cidades brasileiras (de outros países também). No caminho entre Aldeota e o Centro a gente vê todas as contradições sociais das grandes cidades. Em Aldeota elevam-se prédios modernos e mansões com vigilância armada, enquanto no Centro se observa a diversidade social, cultural e arquitetônica, normal também nas grandes cidades.

Das exposições que vi nos vários espaços do Centro Dragões do Mar gostei de algumas. A arte contemporânea tem a virtude de propor questionamentos aos visitantes. Geralmente os artistas confrontam suas artes com o pensamento mais básico do cidadão comum. Há os que gostam, há os que detestam. Quando me encontro defronte uma instalação pop art, sempre procuro encontrar a linha lúdica e emocional do artista, porque sei que seu raciocínio não segue, em geral, uma vereda racional. Ele procura mostrar, através da emoção compartilhada, algo que foge do lugar comum, algo que o observador comum não vê em seu cotidiano. Às vezes não encontro nada de mais, às vezes encontro uma mensagem que tem alguma coisa a ver comigo, uma mensagem que eu poderia dizer de alguma forma. Assim é a arte de mostrar e a arte de observar. Procurar pensamentos comuns.

As fotos abaixo são de pinturas nos muros externos do Centro












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