Eu escrevo
para procurar inspiração para escrever. Aquela história de que toda atividade
humana segue a regra do noventa por dez é verdade. Noventa por cento de
transpiração e dez por cento de inspiração. Eu poderia transformar a frase para
colocá-la de uma outra forma, talvez mais erudita: noventa por cento de
conhecimento e dez por cento de sabedoria, considerando que sabedoria é aquilo
que você vai fazer com seu conhecimento. Ou que a gente só inova em cima do
comum que já se conhece. Portanto não despreze nunca seu conhecimento pensando
que ele não serve para nada. Vejam, já estou sendo professor, de novo.
É muito
comum ouvirmos que muito do que se aprende na escola não serve muito. Ledo
engano. O que se aprende faz parte de sua história, de sua bagagem cultural, e
será muito importante nos momentos em que nos encontramos nas encruzilhadas das
escolhas várias que fazemos todos os dias. A sua bagagem, a “mochila”
(metafórica) que carrega nas costas, ajuda a definir estas escolhas. E o que
temos dentro de nossa “mochila”? Conhecimento acumulado, cara, leituras mil dos
livros e dos ambientes, transpiração. A “mochila” pesa? Tem importância não. Se
ela pesa a gente transpira mais e chega rápido aos dez por cento requerido para
a criação, para a inovação. No meu caso, para o texto escrito. Para a poesia.
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