06/09/2013
Às seis horas da manhã, despertar, café rápido com Bernard e
Hélène, e ela nos leva à estação de trem de Sainte-Geneviève-des-Bois, para
pegar o RER C em direção a Paris. Sainte-Geneviève-des-Bois é uma comuna
francesa (ou seja, uma pequena cidade) na região administrativa da Ilha-de-França,
no departamento de Essonne.
Estende-se por uma área de 9,27 km². Em 2012 a comuna tinha 34 195
habitantes. Como a maioria das cidades francesas, ela é bem pequena. Segundo uma lenda da cidade, nesse lugar
Santa Genoveva teria feito emergir uma fonte de água milagrosa. A cidade tem belos edifícios
históricos, entre eles dois castelos, uma igreja antiga e um cemitério russo. E
o RER é uma rede de trens ligando cidades da Ilha-de-França (ille-de-france), a
região que tem Paris como sede regional, além, claro, como a sede do governo
francês. Pegamos o RER das sete horas para Paris e não estava cheio, foi uma
boa escolha de horário. Trocamos de trem na estação de Saint-Michel, em Paris,
do RER C para o RER B, direto para a Gare du Nord (Estação do Norte) tomar
assento no EuroStar, de 10h13min, rumo a Londres.
Paciência foi
necessária, tínhamos uma bicicleta desmontada, dentro de uma grande bolsa. Como
a bolsa tinha mais de oitenta e cinco centímetros foi necessário despachá-la no
depósito de bagagem do trem. O despacho é feito na última loja do fim da via
número um, vinte e nove euros, e o pacote seguiu no mesmo trem. Depois?
Preencher a ficha de imigração da Inglaterra, passar na alfândega registrar a
saída da França, em seguida outra alfândega registrar a entrada na Inglaterra:
o que farão em Londres? Onde se hospedarão? Quando voltam? Onde está o bilhete
de volta? Perguntas simples, mas decisivas e devem ser respondidas com firmeza,
senão não se viaja. Em seguida, raio X e sala de espera. Claro! Um cafezinho
expresso com um croissant (tem esse nome por ter a forma de lua crescente) e um
jornal Le Libération (http://www.liberation.fr/)
do dia para as notícias desse lado do mundo.
Terminei a
leitura do jornal dentro do Eurostar, já com muito sono e dormi quase toda a
viagem. Londres chegou e ops! Chovia. Mas chegamos. Estação Saint-Pancras. E
então, pegar a bicicleta em algum lugar dentro da estação, um escritório da
Euro-Despach. Nas informações não se sabia direito onde ficava, alguém nos
disse que seria em uma das saídas da estação e que encontraríamos indicações
pelo caminho. Sim, haviam indicações de direcionamento, só que era muito longe.
De fato, era próximo a uma das saídas, a mais longe de todas. Pelo menos era
perto da saída do metrô, então, forçosamente teríamos que passar por aquele
caminho.
Metrô, linha
Northernline, até a estação Borogh para chegarmos até o hotel (Novotel Southwark
London) hotel como qualquer outro da rede Novotel (Accord, eu creio) que existe
pelo mundo afora, inclusive no Brasil. O pacote com a bicicleta desmontada não
era tão pesado (quinze quilogramas), era incômodo de carrega-lo rua afora. O
quadro da bicicleta batia em minha perna e, à noite, a dor ainda persistia.
No hall do
Novotel encontramos Arthur, Alice e Roberto: Arthur e Roberto foram meus
companheiros da aventura Londres-Paris em bicicleta. Guardamos a bagagem o
hotel e fomos, Silvania e eu, dar um passeio nas imediações e procurar algo
para comer. Disseram-nos que a melhor relação custo-benefício seria almoçar em um
Pub, um prato feito em torno de cinco libras. Comemos dois pratos escolhidos no
cardápio e dois chopes Budweiser 300ml. Total: 14 Libras. Em seguida um sono
recuperador pois ninguém é de ferro.
Esse sono durou
até as dezenove horas. Horas bem dormidas. Dormimos um pouco além da conta e
nos desencontramos de nossos amigos na hora do jantar. Fomos então ao Vapiano,
em Great Guildford Street (http://uk.vapiano.com/en/home/).
No cardápio do restaurante e nos suportes de copo de cerveja tem uma inscrição,
em italiano, bem interessante: - “chi va piano, va sano e va lontano”. Esse é
um restaurante de massas, simples, bem próximo ao hotel e com bom serviço.
Escolhe-se a massa, os temperos preferidos que irão acompanhá-la, tudo fica
pronto em cinco minutos. Escolhi penne a carbonara (queria tagliatelli, não
tinha mais, era tarde). O chope era um Peroni, uma marca de cerveja fundada em Vigevano, na Itália, em 1846. Muito bom! Tudo
delicioso, simples, rápido e caprichado. Depois de tudo isso, uma bela noite de
sono nos esperava.
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