domingo, 5 de outubro de 2014

LONDRES - PARIS, TERCEIRO DIA DE PEDAL


10/09/2013

Após aquele super café da manhã inglês tradicional lavamos nossas bicicletas e rumamos à East Croydon Station, ao lado do hotel, e tomamos o trem até Polegate, uma hora e dez minutos de trajeto. Claro, saltamos um trecho do trajeto original, avançamos uns vinte quilômetros, mas era absolutamente necessário para chegarmos a Newhaven nesse mesmo dia. Newhaven é onde se faz a travessia do Canal da Mancha e nosso projeto era fazer a travessia na quarta-feira, dia onze de setembro. O transporte de barco de Newhaven a Dieppe na França acontece uma vez por dia, apenas.

Em Polegate paramos em uma loja de bicicletas, para comprar um óleo para as correntes das bicicletas, que sofreram com os dois dias de chuva. Como elas molharam muito ficamos com receio delas ressecarem muito e se estragarem. Às quatorze horas saímos de Polegate para um trajeto de quase trinta quilômetros até Newhaven, o mais curto da viagem.

Sol, havia sol, e o trajeto foi magnífico. Depois de muito esforço e muita subida (com chuva) nos dias anteriores para chegar a Rotherfield, nesse dia o passeio foi mais tranquilo. Estradinhas asfaltadas, pouco movimento de carros, e boas descidas. A saída de Polegate foi um pouco confusa em função da deficiência das indicações. Único trecho na Inglaterra com algumas pequenas falhas nas indicações dos caminhos. E o caminho nos levava a trechos compartilhados com cavalos (estávamos próximos a um Haras), mas logo chegamos ao asfalto e chegamos a desenvolver até trinta quilômetros por hora nas descidas. Vento e sol na cara, pouca roupa, maravilha. Na chegada a Seaford, já no litoral, a estrada compartilhada com automóveis e caminhões estava um pouco perigosa, um tráfego intenso, talvez pelo horário, eram dezessete horas quando ali chegamos. No entanto, os motoristas são absolutamente respeitosos. Davam-nos passagem, não nos empurrava no canto da estrada e esperavam um bom momento para nos ultrapassarem. Algo que ainda não se vê no Brasil.

À beira-mar o vento quase nos derrubava da bicicleta. Chegamos finalmente a Newhaven, fim de nosso trajeto inglês. Reservamos um hotel com quarto triplo via www.booking.com,  um hotel bem ruinzinho, mas o cansaço não nos animava a procurar outro. E esse era a menos de quinhentos metros do porto onde pegaríamos o barco para a travessia do Canal da Mancha. O hotel nos cobrou o mesmo preço do hotel em Croydon, café da manhã incluído. Pelo menos isso. Saímos para jantar por volta de vinte horas, haviam poucas opções de restaurante, a maioria já havia fechado. Sobrou-nos um restaurante indiano. A pedida: Lamb Kohan (carneiro com molho de cebola). O restaurante não servia bebidas, o garçom nos recomendou comprar cervejas no mercadinho em frente e trazê-las para bebermos no restaurante dele: surpreendente. Tomamos uma Guiness (irlandesa) em lata, cerveja de temperamento forte, amarga e deliciosa. Só para bons apreciadores.

Apesar do hotel fraquinho em Newhaven, a cama era boa, dormi muito bem, acordei pronto para a travessia. O café da manhã era razoável: cereais, banana, iogurte e ovos cozidos, além de café.





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