“A Gerontologia é o campo de estudos que investiga as experiências de
velhice e envelhecimento em diferentes contextos socioculturais e
históricos, abrangendo aspectos do envelhecimento normal e patológico.
Investiga o potencial de desenvolvimento humano associado ao curso de vida e ao
processo de envelhecimento. Caracteriza-se como um campo de estudos
multidisciplinar, recebendo contribuições metodológicas e conceituais da
biologia, psicologia, ciências sociais e de disciplinas como a biodemografia, neuropsicologia,
história, filosofia, direito, enfermagem, psicologia educacional, psicologia
clínica e medicina”.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), dos 210 milhões brasileiros, 37,7 milhões são pessoas
idosas, ou seja, que têm 60 anos ou mais. Os dados são de 01 de outubro de
2021, Dia Nacional do Idoso, e fazem parte de uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), que traz também outras estatísticas: 18,5% dessa
população ainda trabalha e 75% dela contribuem para a renda de onde moram.
Os direitos dos idosos estão
garantidos na Constituição Federal que, em seu Artigo 230, define que família,
sociedade e Estado têm o dever de amparar as pessoas
idosas, assegurando a sua participação na comunidade, defendendo
sua dignidade, promovendo seu bem-estar e garantindo o direito à vida,
direitos registrados no Estatuto do Idoso, publicado em 2003.
Baseados apenas nesses registros oficiais
da legislação parece que está tudo bem. Os idosos estão protegidos e não têm
nada a temer. A vida do idoso seria um mar de tranquilidade se não estivéssemos
no Brasil, um país onde as diferenças sociais atingem seus limites facilmente.
E o que temos assistido diariamente são idosos sendo destratados e sequer
ouvidas suas demandas, muito menos atendidas naquilo descrito sucintamente na
legislação.
Muitos não têm onde morar ou habitam
quartos sem condições sanitários, nos fundos das casas de seus parentes. Outros
são destratados em locais públicos, e até mesmo seus familiares não têm a
mínima paciência para a atenção ao idoso. As tristezas e amarguras dos idosos
estão, muitas vezes, estampadas em seus rostos, em suas rugas, em suas doenças,
muitas delas decorrentes simplesmente de um quadro depressivo.
Felizmente não é meu caso. Tenho
saúde, companhia de uma pessoa amada, carinho de uma filha e dois netos, uma
aposentadoria e muita disposição. Por isso me coloco à disposição da causa, como
ativista através daquilo que faço melhor: escrever, contar causos, conversar
com pessoas ou grupos de pessoas, fazendo da escuta tanto uma provocação quanto
uma atenção especial a quem precisa de usar a voz.
Estamos na causa: VIDAS IDOSAS IMPORTAM.
Muito importante os dados informados e a sua postura diante de um fato que é a realidade atual em que estamos inseridos em nosso país! Parabéns por se debruçar e apoiar esa causa tão nobre e tão necessária! Afinal o envelhecimento é as consequências de todos nós que tanto desejamos seguir vivendo!!!!
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