10 de março de 2014
“Seis horas. Salto
do leito”. Assim inicia um poema daqueles autores que a gente lê na infância,
na escola primária, hoje ensino fundamental. Não foi esse autor que me fez gostar de poesia. Quem teve
esse mérito foi Kipling, que eu lia na coleção Tesouro da Juventude, comprada
por meu pai, até hoje presente na estante na sala de visitas de sua casa, hoje
casa de minha mãe.
Levantei-me às
seis. Café da manhã naquele hotel perto do aeroporto de Guarulhos, com um
serviço muito ruim pelo preço cobrado, fechamento de malas e rumo ao aeroporto.
Buenos Aires nos espera. O voo de São Paulo a Buenos Aires foi exatamente entre
11h20min e 14h20min, ou seja, na hora do almoço. Ou melhor, na hora daquele
lanchinho mixuruca da companhia aérea. Tradicional. Chegamos ao Hotel Pop às
16h e fomos comer alguma coisa às 18h. Ficamos próximo a Palermo, bairro
tradicional de Buenos Aires, que alterna prédios e casas muito antigas com
construções modernas. Não é uma região de prédios muito altos, é bem arborizada
de grandes e velhas árvores. No hotel encontramos Bernard e Hélène, nossos
grandes amigos franceses e já saímos juntos para lanchar e fazer pequenas
compras. O câmbio estava a 1 x 3,6, melhor estava na semana anterior,
disseram-nos. Os preços são altos, provavelmente por ser Palermo. Numa
lanchonete ao lado do hotel pedimos dois tostados com presunto e queijo,
enormes, por quarenta pesos. E tomamos a cerveja Quilmes, argentina, que agora
é da Brahma. Boa cerveja.
Depois das
primeiras andanças pela cidade para pequenas compras necessárias para a
continuação de nossa viagem, fomos jantar. Salada e frango com batatas fritas e
molho de limão. Parece simples, não é? Estava maravilhoso nosso jantar. A
cantina, típica de Buenos Aires, se chama exatamente La Cantina. Cheia de
camisas de times de futebol nas paredes e em painéis pelo teto, de clubes
argentinos e estrangeiros (não tinha nenhuma camisa de times brasileiros), e
uma enorme bandeira da Argentina em uma das paredes, com uma foto do Papa
Francisco no meio da bandeira. E muitos quadros nas paredes, em uma bela
mistura de cores e de motivos. Um restaurante interessante. O garçom falava
muito alto e era gentil, a comunicação com ele fluiu facilmente, sem problemas.
O vinho escolhido
foi um Trapiche Cabernet Sauvignon, 2011, de Mendonza, bom vinho de frutas
negras maduras, notas de especiarias e taninos macios, deixam na boca o sabor
das frutas negras. A conta, foi de quatrocentos e dezessete pesos, ou cento e vinte
reais para quatro pessoas. Barato. Mas como nos disseram que os preços em
Buenos Aires eram uma maravilha, esperávamos pagar menos que isso. No entanto,
trinta reais por pessoa pagamos por um tira-gosto com uma cervejinha depois de
uma corrida na Lagoa da Pampulha, em um bar de fim de tarde. Acho que nossos
preços é que estão muito caros.
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