quinta-feira, 3 de abril de 2014

RELATOS DE VIAGEM À PATAGÔNIA - DIA 02


10 de março de 2014

“Seis horas. Salto do leito”. Assim inicia um poema daqueles autores que a gente lê na infância, na escola primária, hoje ensino fundamental. Não foi esse autor que me fez gostar de poesia. Quem teve esse mérito foi Kipling, que eu lia na coleção Tesouro da Juventude, comprada por meu pai, até hoje presente na estante na sala de visitas de sua casa, hoje casa de minha mãe.

Levantei-me às seis. Café da manhã naquele hotel perto do aeroporto de Guarulhos, com um serviço muito ruim pelo preço cobrado, fechamento de malas e rumo ao aeroporto. Buenos Aires nos espera. O voo de São Paulo a Buenos Aires foi exatamente entre 11h20min e 14h20min, ou seja, na hora do almoço. Ou melhor, na hora daquele lanchinho mixuruca da companhia aérea. Tradicional. Chegamos ao Hotel Pop às 16h e fomos comer alguma coisa às 18h. Ficamos próximo a Palermo, bairro tradicional de Buenos Aires, que alterna prédios e casas muito antigas com construções modernas. Não é uma região de prédios muito altos, é bem arborizada de grandes e velhas árvores. No hotel encontramos Bernard e Hélène, nossos grandes amigos franceses e já saímos juntos para lanchar e fazer pequenas compras. O câmbio estava a 1 x 3,6, melhor estava na semana anterior, disseram-nos. Os preços são altos, provavelmente por ser Palermo. Numa lanchonete ao lado do hotel pedimos dois tostados com presunto e queijo, enormes, por quarenta pesos. E tomamos a cerveja Quilmes, argentina, que agora é da Brahma. Boa cerveja.

Depois das primeiras andanças pela cidade para pequenas compras necessárias para a continuação de nossa viagem, fomos jantar. Salada e frango com batatas fritas e molho de limão. Parece simples, não é? Estava maravilhoso nosso jantar. A cantina, típica de Buenos Aires, se chama exatamente La Cantina. Cheia de camisas de times de futebol nas paredes e em painéis pelo teto, de clubes argentinos e estrangeiros (não tinha nenhuma camisa de times brasileiros), e uma enorme bandeira da Argentina em uma das paredes, com uma foto do Papa Francisco no meio da bandeira. E muitos quadros nas paredes, em uma bela mistura de cores e de motivos. Um restaurante interessante. O garçom falava muito alto e era gentil, a comunicação com ele fluiu facilmente, sem problemas.


O vinho escolhido foi um Trapiche Cabernet Sauvignon, 2011, de Mendonza, bom vinho de frutas negras maduras, notas de especiarias e taninos macios, deixam na boca o sabor das frutas negras. A conta, foi de quatrocentos e dezessete pesos, ou cento e vinte reais para quatro pessoas. Barato. Mas como nos disseram que os preços em Buenos Aires eram uma maravilha, esperávamos pagar menos que isso. No entanto, trinta reais por pessoa pagamos por um tira-gosto com uma cervejinha depois de uma corrida na Lagoa da Pampulha, em um bar de fim de tarde. Acho que nossos preços é que estão muito caros.

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