Que pergunta a ser respondida em belo e quente dia, com um sol brilhando de bonito! Eu sei bem quem eu sou: hoje. Porque resolvi deixar o passado para trás, embora ele quem me diz quem eu sou hoje. Mas não estou pensando em revivê-lo, em hipótese nenhuma. Tudo passou. E não quero lembrar as tantas besteiras que fiz. Lamento por elas. Lamento muito por quem se sentiu ofendido com minhas besteiras, quem se sentiu traído, ou algo assim.
É uma pergunta oportuna, me faz pensar em mim mesmo, e hoje.
Quem sou eu? Ela me faz pensar no futuro, na verdade. Em quem eu quero ser. Vou
aproveitar a questão para imaginar cenários possíveis de amanhã. Hoje vivemos
uma pandemia de COVID 19, uma doença provocada por um vírus inimaginável, neste
momento, e que mata muita gente e deixa muitas sequelas em alguns que a
contraem.
Então, em primeiro lugar, sou um cara que se cuida muito
para não pegar este maldito vírus, porque nos próximos anos quero estar vivo e
ativo para contar histórias. Sim, eu sou um cara que conta histórias. Gosto de
contar histórias, de fazer a plateia se encantar com elas e comigo. Sim, comigo
também. Faz parte de minha vaidade, minha bem dosada vaidade, espero, para que
ela não tome conta de mim.
E histórias são, na verdade, histórias de nossa vida. Elas
precisam ter credibilidade, então precisam ser vividas para serem contadas. E
eu já vivi muitas histórias. Fui professor durante mais de quarenta anos, então
tenho muitas histórias de trabalho, de professores e de alunos, de colegas, de
projetos, de vivências. Hoje pretendo ser escritor. Escrevo minhas histórias
para encontrar a melhor maneira de contá-las.
Então, sou escritor, contador de histórias e causos, tenho
grande vivência profissional e sou vaidoso, intelectualmente vaidoso. É um bom
começo de perfil. E para contar histórias preciso ter plateia. Pretendo
costurar minha plateia de duas maneiras: tendo um bom livro de histórias para
que me leiam e um auditório, cheio de gente, para que me ouçam. Mesmo que o
auditório seja virtual, porque não sei se teremos aglomerações de hoje em
diante por causa do vírus.
Eu nunca fui um cara muito persistente e determinado,
focado. Sempre contei com minha inteligência e minha capacidade de aproveitar
os acasos pertinentes acontecidos. Minhas escolhas foram algumas boas, outras
nem tanto, mas acabaram por darem certo, afinal de contas.
Mas agora preciso ser determinado, focado e persistente,
porque já tenho uma idade que muitos consideram avançadas e quero ter um final
de vida produtivo. E deixar uma história a ser contada por outros que tenham,
ou venham a ter, proximidade comigo. E eu já tenho muita gente para falar mal
de mim, agora quero encontrar pessoas que venham a falar bem de mim depois de
minha morte.
No mais, eu sou um cara gentil, alegre, bem humorado sempre.
Sou um cara de bem com a vida. Aprendi com um colega de profissão, certa vez,
que “ser feliz é uma opção, ser bem humorado é obrigação”. Por isso sou bem
humorado, porque ninguém é obrigado a aguentar o mau humor de ninguém. Estudei
muito na vida, considero-me um cara inteligente.
E sou único no mundo em várias análises. Não apenas uma
questão de digitais, sabemos que as digitais são únicas, não se repetem de dedo
a dedo (informação que carece de comprovação) mas também porque tenho um nome
único no mundo.
Vejam bem: meu nome é Paulo Cezar Santos Ventura. E paulo
cezar santos existem muitos pelo mundo afora; paulo santos ventura existem
muitos mundo afora; paulo cezar ventura existem muitos mundo afora. Incrível, o
que me torna único no mundo é exatamente esse sobrenome comum, com milhões de
pessoas mundo afora: Santos. Graças ao Santos eu sou a única pessoa no mundo
com esse nome. Esse sou eu.
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