sábado, 2 de novembro de 2013

FAZER DIFERENTE


Eu quero apenas fazer diferente. Nunca fui especialista em seguir regras, de fato. Quando eu escuto os discursos de pessoas que se dizem especialistas em sucesso, penso logo que se tratam de pessoas sem talento que seguem as regras e ganham muito dinheiro para isso. Porque basta seguir as regras para se ganhar dinheiro. Não é o dinheiro que me interessa. Nem as regras. O que me interessa é fazer diferente. Se eu tiver que ser reconhecido por alguma coisa algum dia, gostaria que fosse por fazer diferente.

Talvez eu tenha seguido regras demais e tenha ficado no meio do caminho. Talvez eu não tenha sido ou feito diferente nos momentos em que deveria sê-lo ou fazê-lo. Talvez tenha me faltado aquele bom nariz para sentir o momento exato para ser ou fazer diferente. E tenha sido apenas meio diferente, não o suficiente para ser marcado como o diferente. Bom, o tempo passou, embora eu não pense que tenha perdido tempo, tempo não se perde, apenas passou. Agora eu tenho todas as possibilidades do mundo para ser ou fazer diferente. Minha hora está chegando?


Levo a sério uma frase de um filósofo francês, Serge Feaucheraud, que, quando vê uma obra de arte, pensa: eu poderia ter feito isso, só que eu faria diferente. Eu diria, parafraseando Feaucheraud: tenho talento para fazer qualquer coisa, mas faria diferente, tão diferente que ninguém acreditaria. Hora de mostrar minhas diferenças. Sou e faço diferente.

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