Eu quero apenas fazer diferente. Nunca fui
especialista em seguir regras, de fato. Quando eu escuto os discursos de
pessoas que se dizem especialistas em sucesso, penso logo que se tratam de
pessoas sem talento que seguem as regras e ganham muito dinheiro para isso.
Porque basta seguir as regras para se ganhar dinheiro. Não é o dinheiro que me
interessa. Nem as regras. O que me interessa é fazer diferente. Se eu tiver que
ser reconhecido por alguma coisa algum dia, gostaria que fosse por fazer
diferente.
Talvez eu tenha seguido regras demais e tenha
ficado no meio do caminho. Talvez eu não tenha sido ou feito diferente nos
momentos em que deveria sê-lo ou fazê-lo. Talvez tenha me faltado aquele bom
nariz para sentir o momento exato para ser ou fazer diferente. E tenha sido
apenas meio diferente, não o suficiente para ser marcado como o diferente. Bom,
o tempo passou, embora eu não pense que tenha perdido tempo, tempo não se
perde, apenas passou. Agora eu tenho todas as possibilidades do mundo para ser
ou fazer diferente. Minha hora está chegando?
Levo a sério uma frase de um filósofo francês,
Serge Feaucheraud, que, quando vê uma obra de arte, pensa: eu poderia ter feito
isso, só que eu faria diferente. Eu diria, parafraseando Feaucheraud: tenho
talento para fazer qualquer coisa, mas faria diferente, tão diferente que
ninguém acreditaria. Hora de mostrar minhas diferenças. Sou e faço diferente.
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