Envelhecer é um processo, lento para uns, rápido para
outros, dependendo de como se vive antes disso. Como todo processo, nada
acontece de repente. Tudo na vida são escolhas e escolhas são feitas a partir
de experiências e de emoções vividas no acaso da vida.
Eu escolhi ser um cara tranquilo, desses que não se esquenta
muito no calor dos acontecimentos. Não sou frio, pelo contrário, sou um poço de
emoções, mas não esquento demais. Eventos assistidos e participados, analiso
com calma as possibilidades e faço minhas escolhas. Por isso cheguei à idade de
hoje sem grandes problemas e sem problemas de saúde.
A pergunta, então, deve ser outra. Que escolhas devo e posso
fazer hoje para ter possibilidades de escolhas melhores no futuro, quando
estarei velho? Primeiro, um esclarecimento: não existe uma definição
operacional para velhice. Existe para pessoa idosa. Velho é um estado de
espírito, existem jovens de noventa anos e velhos de quarenta anos. Considerando
isso, defino-me como um jovem de setenta anos.
Para fazer escolhas preciso conhecer uma coisa de suma importância:
eu mesmo. Tudo começa com o autoconhecimento. Quem sou, onde pretendo chegar, que
limitações tenho no momento e no caminho a seguir. Como dizemos em Minas, tudo
é uma questão de ONKOTÔ e ONKOVÔ, para definir COMKOVÔ. Palavras mágicas dos
mineiros. Fazemos delas um mantra espiritual, como no haicai a seguir.
ONKOTÔ digo
pra definir ONKOVÔ
saber COMKOVÔ
A partir deste caminho a ser percorrido, e com os devidos
cuidados pessoais com a minha saúde, espero poder fazer boas escolhas quando
estiver velho, algum dia bem longe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário